FORTIFICAÇÕES COLONIAIS INDICADAS PARA O PATRIMÔNIO MUNDIAL
SÉCULOS XVII e XVIII. Quadros, óleo sobre tela, Cristiane Carbone - Fortificações na fronteira Oeste do Brasil e no litoral Sul
FORTIFICAÇÕES INDICADAS PARA O PATRIMÔNIO MUNDIAL
Séculos XVII
Fortificações no Nordeste : período de ocupação holandesa.1624-1654
10- Forte das Cinco Pontas, 1629, Recife, PE
11- Forte de Santa Cruz, 1630, Itamaracá, PE
12- Forte de São Marcelo, 1650, Salvador, BA
13- Forte de São Diogo, 1625, Salvador, BA
14- Forte de Santa Maria, 1652, Salvador, BA
Século XVIII - Fortificações a Oeste da linha imaginária de Tordesilhas
15- Fortaleza de São José, 1764, Macapá, AP
16- Forte Príncipe da Beira, 1776, Costa Marques, RO
17 - Forte de Coimbra, 1775, Corumbá, MS
Século XVIII - Fortificações no limite Sul da linha imaginária de Tordesilhas
18- Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, Florianópolis, SC
19- Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, Gov. Celso Ramos, SC
SÉCULO XVII
10 - Forte de São Tiago das Cinco Pontas (Recife/RE, 8o 4' 18"S, 34o 52' 51"W): Originalmente construído como um forte pentagonal traçado italiano pela Companhia Holandesa das índias Ocidentais em 1630, foi um elemento-chave para as defesas holandesas da cidade do Recife, sendo mantido sob cerco pelos moradores de Pernambuco durante os cercos de 1630 a 1635, e se seguiu aos cercos de 1645. Foi reconstruído por moradores pernambucanos no final do século XVII, adotando um layout retangular. No entanto, o nome do forte manteve o mesmo nome do forte como durante o episódio da ocupação holandesa de Pernambuco. Atualmente opera como o Museu da Cidade do Recife. Proteção federal de 1938.
11 - Forte de Santa Cruz de Itamaracá (Itamaracá/PE): conhecido como Forte Laranja, é um dos testemunhos da ação portuguesa e holandesa em Pernambuco durante o período colonial. O monumento foi construído na década de 1630 por militares holandeses que servem a Companhia das índias Orientais e sofreu várias mudanças em sua estrutura desde a restauração portuguesa de 1654, mudando seu nome para Forte de Santa Cruz de Itamacará. Na alvenaria de calcário e lima, o forte atual apresenta um projeto regular de polígonos quadrangulares, com bastiões pentagonais nos vértices no sistema Vauban, caixas de sentinela de pedagsonário, portões escutidos, bem como quartéis para as tropas, Command House, bunkers sob as paredes, envolvendo o embankement. Proteção federal de 1938.
12 - Forte de São Marcelo (Salvador/BA): conhecido como Nossa Senhora do Pópulo e Forte de São Marcelo ou como Forte do Mar, Forte do Mar, foi construído fora da costa por medo dos portugueses de novas invasões holandesas. Sua função era impedir a entrada do Porto de Salvador, atravessando fogo com os Fortes de São Francisco, São Felipe e São Paulo de Gamboa. Influenciado pelo projeto do Forte Bugio, na costa do Tejo, sua construção se estendeu até o thséculo XVIII, com a participação do engenheiro francês Felipe Guiton, e seu compatriota o engenheiro Pedro Garcin. O design circular é constituído por uma torre principal envolvida por um anel de igual altura, formado pelo aterro do perímetro e pelo quartel. Na maçonaria de arenito, possui uma abóbada de barril, e é o único exemplo ainda existente de fortes em forma circular no país. Pertence ao IPHAN e está sob proteção federal desde 1938.
13 - Forte de São Diogo (Salvador/BA, 13 a 0'6.89"S, 38o31'58,03"W): O Forte faz parte do complexo Barra de Salvador, juntamente com os Fortes Santo Antônio e Santa Maria. Juntamente com o Forte de Santa Maria, o Forte de São Diogo foi construído em 1625, e reconstruído em 1694 na forma de uma bateria semicircular, com sede na encosta onde está centrada e onde foi fundado o primeiro assentamento português da Bahia. O Forte teve que ser abandonado em 1534 por causa da resistência nativa. Na pequena entrada na frente do forte de São Diogo, os holandeses desembarcaram em 1624, com as forças hispano-italianas-lusitanianas dirigindo os holandeses no ano seguinte. É propriedade do Exército. Proteção federal de 1954.
14 - Forte de Santa Maria (Salvador/BA, 13o 0' 16"S, 38o 32'2" W): O primeiro Forte de Santa Maria foi erguido logo após a reconquista da Bahia, em 1652, quando uma frota com mais de dez mil soldados (espanhol, italiano e português) veio a Salvador para retomar a cidade, ocupada pelas forças da Companhia das índias Ocidentais Holandesas. Serviu para defender o pequeno porto, onde os holandeses haviam desembarcado no ano anterior e que mais uma vez foi usado para atacar a cidade em 1625. O trabalho atual é o resultado de uma reconstrução em 1694, em forma de retângulo com paredes em uma linha muito suave de tenalhes, com um capuz elevado nas paredes, como é típico da arquitetura militar baiana. Pertence ao Exército, responsável pela sua manutenção. Proteção federal de 1938.
SÉCULO XVIII
15 - Fortaleza de São José (Macapá/AP, 0o 1'50.60"N e 51o 2'57.77"W): A fortificação quadrada de italienne traço de acordo com a escola francesa foi construída na margem norte do rio Amazonas, onde os irlandeses e britânicos estabeleceram postos comerciais e assentamentos para negociar com os nativos no início do século XVII. Após a destruição dessas ocupações, e a construção de um forte português no mesmo local, foi destruído pelos franceses em 1697 como resultado da propriedade reivindicada da margem norte da foz do rio Amazonas. O trabalho atual foi erguido em 1764 por colonos portugueses que, vindos da aldeia evacuada de El Jadida, Marrocos, participaram da formação da colônia estabelecida na região. A área protegida pela fortaleza foi posteriormente ocupada pelos franceses em 1838 e 1895, mas a situação foi resolvida por meios diplomáticos. Administrado pelo Governo do Estado do Amapá, o edifício está aberto aos visitantes, com atividades culturais a decorrer dentro dele e seus arredores. Proteção federal de 1943.
16 - Forte do Príncipe da Beira (Costa Marques/RO, 12o 25' 40"S, 64o 25' 22"W): Construído de acordo com o traço italienne em 1776 em uma tentativa fracassada de estabelecer um posto comercial com a América espanhola, está localizado em uma área há muito ocupada por povos indígenas, região em que os espanhóis estabeleceram a missão jesuíta de Santa Rosa. A presença portuguesa na área, que garantiu a comunicação fluvial entre os estados modernos do Pará e a região mineira de Mato Grosso, levou a dois ataques de tropas espanholas provenientes dos Andes, ambos repelidos, consolidando a posse dessa fronteira. Atualmente, é propriedade do Exército, aberto a visitas. Proteção federal de 1950.
17 - Forte de Coimbra (Corumbá/MS, 19o 55’ 12” S, 57o 47’ 31” W): Instalado na margem leste do rio Paraguai, como forma de reivindicar a propriedade desta rota de comunicação para Portugal, o forte primitivo, construído em 1777, foi atacado e destruído pelos habitantes nativos, levando à reconstrução do forte em alvenaria de pedra no final do século XVIII com um golpe em tenalhes, com bastiões. Este local foi atacado sem sucesso pelos espanhóis em 1802, e o forte foi levado pelo Paraguai em 1864. Deficiente como uma fortaleza em 1998, é mantido hoje pelo Exército e está aberto a visitas. Proteção federal de 1974.
18 - Forte de São Antônio de Ratones (Florianópolis/SC, 27o 28’ 21” S, 48o 33’ 41” W): Construído em 1740 durante a implantação da capitania (estado) de Santa Catarina para apoiar as lutas na parte sul do continente contra os espanhóis. A conquista da ilha de Santa Catarina pelos espanhóis em 1777 e a troca da ilha pela Colônia de Sacramento (Uruguai) interromperam temporariamente o ciclo de confrontos no sul. Estes seriam reavivados com a independência do Brasil e a última ação militar brasileira no Uruguai, apoiada pelos fortes de Santa Catarina, que ocorreu em 1864. Aproveitando a insularidade, a posição do forte é formada por curva de cortina, uma construção adequada de recursos precários disponíveis então. A Universidade Federal de Santa Catarina mantém um programa de visitação do local. Proteção federal de 1938.
19 - Forte de São Antônio de Ratones (Florianópolis/SC, 27o 28’ 21” S, 48o 33’ 41” W): Construído em 1740 durante a implantação da capitania (estado) de Santa Catarina para apoiar as lutas na parte sul do continente contra os espanhóis. A conquista da ilha de Santa Catarina pelos espanhóis em 1777 e a troca da ilha pela Colônia de Sacramento (Uruguai) interromperam temporariamente o ciclo de confrontos no sul. Estes seriam reavivados com a independência do Brasil e a última ação militar brasileira no Uruguai, apoiada pelos fortes de Santa Catarina, que ocorreu em 1864. Aproveitando a insularidade, a posição do forte é formada por curva de cortina, uma construção adequada de recursos precários disponíveis então. A Universidade Federal de Santa Catarina mantém um programa de visitação do local. Proteção federal de 1938.