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5. SISTEMA DEFENSIVO DO PORTO DE SANTOS

O Sistema Defensivo do Porto de Santos é, sem dúvida, um excelente exemplo para a produção de trabalhos acadêmicos.

SISTEMA DEFENSIVO DO PORTO DE SANTOS

   Indicações metodológicas sobre a produção de uma monografia: - primeiro passo rumo a um bom trabalho de conclusão de um curso superior.

 

SINÓPSE

   O Sistema Defensivo do Porto de Santos é um bom exemplo para a produção de trabalhos escolares. Após apresentarmos quatro modelos dissertativos sobre a Fortaleza de Santo Amaro (arquivo anterior), iremos agora prosseguir com algumas colocações mais amplas, alcançando o Sistema Defensivo do Porto de Santos, onde tudo se iniciou formalmente com a chegada da esquadra de Martim Afonso de Souza (1532).

   Como sabemos, foram as vilas de São Vicente e de Santos que deram início ao aprofundamento para o interior, transpondo a barreira da Serra do Mar, para fundar a Vila de São Paulo de Piratininga (1554). Por alguns séculos a região costeira foi marcante para o desenvolvimento econômico do Brasil, assim descrito pela saudosa Profa. Dra. Clotilde Paul (1931-2015), por meio de alguns nomes populares, tais como:

porto de escravos, porto do açúcar, porto do sal, novamente porto do açúcar, porto da morte, porto do ouro, porto do café, porto de tudo

   E, tudo começou no dia 22 de janeiro de 1502, quando Gonçalo Coelho descobriu um “rio (estuário) entre as ilhas de Guaiaó (atual Ilha de São Vicente) e Guaibê (Ilha de Santo Amaro), ao qual denominou de Rio de São Vicente” – estuário marítimo natural que abriga o Porto de Santos.

   Na sua embocadura e lado oposto onde hoje está a Fortaleza de Santo Amaro, ele ancorou e ali instalou o Porto de São Vicente. Por trinta anos, apenas abasteceu os navios espanhóis com alimentos, escravos e índios Tupinambás aprisionados. Era conhecido como Porto dos Escravos

   Com a chegada de Martim Afonso de Souza (1532) foram abertos vários engenhos de açúcar. Em 1544, Brás Cubas transferiu o porto para o “Lagamar de Enguaguaçu”, para dar apoio à produção e a exportação do açúcar, daí a denominação Porto do Açúcar

   Por um bom período o porto passou a depender da comercialização do sal, e Santos tornou-se Porto do Sal.

   Com a descoberta do ouro, já na Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro (Séc XVII), passou a ser chamado de Porto do Ouro.

   Mas, com os “novos caminhos” (meados do Séc XVII) perdeu a importância e autonomia e terminou o século novamente como Porto do Açúcar.

   No Séc XIX, o consumo de café tornou-se “moda” e foi o principal responsável pela implantação da Estrada de Ferro São Paulo Railway, em 1867, ligando o Porto de Santos ao planalto, alcançando a Vila de Jundiaí. Daí o nome Porto do Café.

   O Ciclo do Café foi também o responsável pela proliferação da febre amarela, da varíola, da peste bubônica, do tétano e da tuberculose, endemias que fizeram de Santos o Porto da Morte.

   No Séc XX, Santos despiu-se das antigas roupagens coloniais e a cidade, aos poucos, tomou feição própria e hoje abriga o maior porto das América do Sul... Porto de Tudo. Com o passar dos séculos e anos a fio, um fantástico sistema defensivo foi sendo montado e atualizado até meados do Século XX, quando a artilharia de posição fixa perdeu sua importância estratégica.

 

INTRODUÇÃO

 

   Tudo começou com Martim Afonso de Souza (1532) determinando o início da construção de um fortim junto à Barra da Bertioga, origem do primeiro forte real do Brasil: Forte de São João, com Alvará Régio de 1551.

   A região da Costa da Mata Atlântica, que tem na Baía de Santos o seu foco estratégico, dispunha de oito exemplares desse rico patrimônio histórico-militar erguidos ao longo de quase quinhentos anos, com o mesmo padrão de engenharia militar difundido pelo mundo inteiro, sendo seis do período colonial e dois do período republicano.

   A arquitetura militar de proteção aos acessos marítimos da antiga sede da Capitania de São Vicente era composta por seis fortificações coloniais, dispostas em três cortinas de defesa, construídas em duplas e lados opostos para cruzarem fogos sobre os acessos marítimos, como veremos adiante.

   As fortificações coloniais mais expressivas permanecem de pé, desafiando os séculos, as intempéries e, por vezes, o terrível abandono. As duas mais antigas, Forte de São João,1551, Bertioga, e Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, 1584, Guarujá, SP, guardam suas características coloniais, estão abertas à visitação e foram indicadas para ascenderem de Patrimônio Histórico Nacional para Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Ambos, foram construídos com solidez para durar séculos e hoje alcançam, impolutas, um novo milênio, não mais como vigilantes dos mares, das praias, dos mangues e dos rochedos que dão acesso ao Porto de Santos.

   Com a evolução da artilharia de costa, em resposta à evolução da artilharia naval, o sistema de defesa do Porto passou a ocupar posições estratégicas mais avançadas para o mar aberto. No alvorecer do Século XX, a Fortaleza de Santo Amaro foi substituída pela Fortaleza de Itaipu (1902), Praia Grande, SP. O complexo Itaipu (fortes Duque de Caxias, Jurubatuba, Rêgo Barros e instalações de apoio) está assentado sobre uma pequena serra litorânea que acompanha o costão oeste da Baía de Santos.

   Para reforçar a proteção da Baía de Santos na iminência da II Guerra Mundial, o costão Leste recebeu a construção do Forte dos Andradas (1942), tornando-se a primeira fortificação de uma nova fase chamada de “cortina invisível”, ou seja, foi construído a 30 metros abaixo da superfície do Morro do Monduba, Guarujá, SP.

   E, assim, o Século XX (meados) marcou o fim da artilharia de posição fixa, e a defesa territorial libertou-se progressivamente dos invólucros arquitetônicos construídos sob a forma de cortinas fortificadas, deixando de pé, ou em ruínas, um acervo patrimonial de inestimável valor cultural.

   O desenho abaixo é uma composição do arquiteto do IPHAN/SP, Victor Hugo Mori, sobre um desenho de Debret, que bem representa esta evolução da artilharia ao longo de muitos séculos. A artilharia evoluiu do arco e flecha ao míssil espacial, lançado de posição virtual.

 

Figura 1 – Fotomontagem de Victor Hugo Mori, sobre quadro de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e foto do lançador múltiplo da Avibras.

   Cumpre salientar que toda essa epopeia ocorreu por motivos relacionados com a presença dissuasória das Forças Armadas nas regiões onde nossos antepassados ergueram magníficos exemplares da arquitetura militar de defesa em posições fixas.

   Hoje, as posições de artilharia são virtuais (foguetes e mísseis balísticos lançados de posições fugazes). A arquitetura militar de posição fixa chegou ao seu final, e as fortificações sobreviventes perderam a aptidão para o combate.

   Já não se ouve o troar dos seus canhões.

   O formidável conjunto de modelos arquitetônicos de proteção militar, passou recentemente por uma fantástica mudança de postura: “Do repelir inimigos ao receber amigos/as”. As fortificações republicanas que abrigam unidades operacionais do Exército Brasileiro também se abriram à visitação pública, mediante agendamento.

   Um exemplar modelo de administração compartilhada, permitiu que as fortificações mais importantes não desaparecem, como ocorreu mundo afora: Forte de São João (Prefeitura Municipal de Bertioga); Ruínas do Forte São Luiz (IPHAN); Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande e Fortaleza de Itapema (Prefeitura Municipal de Guarujá); Casa do Trem Bélico (Prefeitura do Município de Santos); Fortaleza de Itaipu e Forte dos Andradas (Exército Brasileiro).

   O pequeno vídeo acessado pelo link abaixo, permite que você, que nos honra com a sua visita, possa realizar um sobrevoo virtual, como drones, sobre o >

DESENVOLVIMENTO

   Neste breve artigo procuramos desenvolver um modelo de trabalho escolar, no formato de uma monografia, como exemplo preliminar para a produção de TCC, com pouca prosa (dissertativa) e alguns exemplos iconográficos (expositivos), encerrando-o com breves citações bibliográficas (justificativas).

   O modelo exemplar que apresentaremos pode ser visualizado preliminarmente pelas figuras abaixo, de autoria de Victor Hugo Mori, arquiteto do IPHAN/SP (à esquerda) e do autor deste ensaio educacional (à direita).

Figura 2 – Mapa estilizado do Sistema Defensivo do Porto d Santos, Victor Hugo Mori e Mapa estilizado do Circuito dos Fortes, E R Secomandi e André Meireles.

   Composição do sistema em três linha sucessivas

   1_ ao Norte, o Forte São João (1532 / 1551) e o Forte São Felipe (1557), substituído pelo Forte São Luiz (1770), realizando a cobertura avançada do acesso marítimo à “villa” de Santos pelo canal de Bertioga.

 

Figura 3 – Composição de mapa e fotos: A C Fredo, E R Secomandi e Victor Hugo Mori.

   2_ ao Sul, na embocadura do estuário que dá acesso à mesma “villa”, os espanhóis ergueram a Fortaleza de Santo Amaro (1584); e os portugueses, duas sentinelas avançadas: o Forte Augusto (1734) e o Fortim do Góes (1767).

 

Figura 4 – Composição de mapa e fotos: A C Fredo, E R Secomandi e Ivan Di Ferraz.

   3_ para a defesa aproximada, foram construídos o Forte Nossa Senhora do Monte Serrat (1543) e a Fortaleza Vera Cruz do Itapema (1738).

   O Forte N Sra Monte Serrat é o único que não deixou vestígio. O projeto de um novo forte no Outeiro de Santa Catarina acabou não sendo executado, perdendo-se um rico exemplar da primeira fortificação construída na Ilha de São Vicente, por iniciativa de Braz Cubas.

   Para prover o apoio logístico-militar às fortificações, a Casa do Trem Bélico (1734) foi construída no centro da “cidade velha” de Santos.

 

Figura 5 – Composição de mapa e fotos: E R Secomandi e Victor Hugo Mori.

   A Casa do Trem Bélico dispõe de uma enorme Linha do Tempo, de autoria de arquiteto Victor Hugo Mori.

 

Figura 6 – Composição de fotos de Victor Hugo Mori.

Breves relatos sobre as fortificações visualizadas nas imagens acima.

   1_Forte de São João (1551) / Bertioga

   É a mais antiga fortificação real do Brasil, (Alvará Régio de 25/06/1551).

   Em 1532 teve início com a construção de uma paliçada, substituída pelo primeiro Fortes Real do Brasil em 1551. Em 1563, os jesuítas Manuel da Nóbrega, José de Anchieta e o genovês José de Adorno partiram para Ubatuba (Iperoig) a fim de apaziguar os índios e firmar a Confederação dos Tamoios, abrindo caminho para a retomada da Baía de Guanabara que se encontrava nas mãos dos franceses. Estácio de Sá partiu do Forte São João para fundar a cidade do Rio de Janeiro (1565).

   Tombado em 1940 como Patrimônio Histórico Nacional, hoje concorre ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

   2_Forte São Felipe (1551) / Forte São Luiz (1770) / Guarujá

   Segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, o Forte São Felipe ocupava o mesmo local do primeiro ponto fortificado na Ilha de Santo Amaro e hoje confunde-se com as ruínas da Armação de Baleias. Hans Staden, alemão, náufrago da Expedição Sanabria, foi nomeado por Braz Cubas como condestável do Forte São Felipe.

   O Forte foi abandonado no século XVII e substituído pelo Forte São Luiz (1770), construído em posição voltada para o mar aberto. De ambos, restam apenas as ruínas tombadas pelo IPHAN em 1965.

   3_Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (1584) / Guarujá

   Sua origem remonta ao período da união das coroas ibéricas (1580-1640), com projeto do arquiteto militar Bautista Antonelli, da esquadra espanhola do almirante Diego Flores Valdés.

   Em 1902, foi substituída pela Fortaleza de Itapu (1902) e passou longos períodos de abandono; foi restaurada no século XIX e novamente abandonada, mas ganhou no final do século XX, uma singular restauração executada pelo IPHAN, UNISANTOS e Prefeitura Municipal de Guarujá.

   Hoje abriga o Museu Histórico “Fortaleza da Barra” e concorre ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

   4_Forte Augusto (1734) / Santos

   Construído na Ilha de São Vicente, na embocadura do Estuário de Santos, tinha por missão cruzar fogos com a Fortaleza de Santo Amaro e observar a aproximação de “navios de suspeita”. Hoje abriga o Museu de Pesca.

   Era apenas uma “estacada” de pau a pique para proteger os canhões e suas guarnições. No Plano de Defesa do Porto de Santos (Dez 1800) tinha por missão disparar um tiro de canhão em casos de “suspeitas”; pelo troar dos canhões das demais fortificações o plano era colocado em execução e “cada habitante da terra capaz de pegar em armas tinha seu local de defesa” protegendo assim, a Capitania de São Vicente, contra possíveis ataques pelo mar.

   5_Forte N. Sra. de Monte Serrat (1543) / Santos

   A fúria do mar sobre a Vila de São Vicente e os ataques de piratas e corsários na Baía de Santos motivaram a busca de um local mais protegido para abrigar a Vila de Santos e o incipiente porto que operava inicialmente na Porta de Praia.

   Com a criação de um novo povoado no Lagamar de Enguaguaçu, Brás Cubas ordenou a construção de uma fortificação por volta de 1543 (N. Sra. do Monte Serrat). O pequeno reduto de defesa aproximada foi demolido em 1876 para dar lugar à Alfândega de Santos.

   6_Fortaleza de Itapema (1738) / Guarujá

   A Fortaleza de Itapema está localizada na margem esquerda do estuário, em Guarujá, diante terminal de cruzeiros marítimos, no centro histórico de Santos.

   Não existe registro sobre a data de sua origem, mas tem característica de construção circular do século XVI. As citações mais antigas referem-se a uma peça de artilharia (1638) utilizada para atuar como contrabateria do extinto Forte Nossa Senhora do Monte Serrat, na defesa aproximada do Porto de Santos.

   7_Casa do Trem Bélico (1734) / Santos

   A Casa do Trem Bélico tinha por missão prestar apoio logístico ao sistema defensivo colonial do Porto de Santos.

   Há indícios de que tenha sido erguido no século XVII. Os “trens bélicos” eram equipamentos militares necessários às ações de combate e de sobrevivência das tropas e da população local.

   Foi tombado em 1940 e passou a abrigar o Tiro de Guerra 11 em 1948.

   Hoje abriga um espaço cultural da Prefeitura Municipal de Santos.

   Fortificações republicanas, hospedeira de unidades operacionais do Exército Brasileiro

   8_Fortaleza de Itaipu (1902) / Praia Grande

   Itaipu, na linguagem tupi significa “a pedra que canta”, pelo estrondo das águas do mar nos rochedos que molduram o costão sul da Baía de Santos.

   A Fortaleza de Itaipu ocupa cerca de 2,4 milhões de m2 na parte mais avançada para o mar aberto da pequena serra litorânea do Parque Xixová-Japuí.

   É composta por três fortificações, com obras iniciadas em 1902:  Forte Jurubatuba, Forte Duque de Caxias e Forte Rego Barros.

   Hoje abriga uma unidade operacional do Exército.

   Clique sobre a figura abaixo para acessar um pequeno vídeo sobre a LInha do Tempo da Fortaleza de Itaipu.

 

Figura 7 – Forte Duque de Caxias, Victor Hugo Mori.

   9-Forte dos Andradas (1942) / Guarujá

   O Forte dos Andradas foi erguido no topo de um esporão rochoso coberto pela Mata Atlântica e pertence ao último período da artilharia de posição fixa.

   É subterrâneo (“cortina invisível”), cravado na rocha bruta a 30m de profundidade e apropriado para resistir a ataques aéreos. Seu posicionamento estratégico permitia atuar em conjunto com a Fortaleza de Itaipu na defesa da Baía de Santos.

   Hoje abriga uma unidade operacional do Exército.

   Clique sobre a fugura abaixo para acessar um pequeno vídeo sobre o Forte dos Andradas

 

Figura 8 – Forte dos Andradas, Victor Hugo Mori.

   Em São Vicente: ruínas históricas

   Duas ruínas do século XVI, sob análise historiográfica, encontram-se na sede da antiga Capitania de São Vicente: uma, construída por volta de 1532 abriga a Casa Martim Afonso e está aberta à visitação pública; outra, provavelmente de 1537, conhecida como “fortalezinha”, tem ruínas próximo à Ponte Pênsil.

 

CONCLUSÃO

   O mais importante a respeito desta rica história sobre o antigo sistema defensivo do Porto de Santos é a sua utilização como equipamento para o turismo histórico regional. Embora não tenha se desenvolvido com a rapidez que se esperava, o Governo do Estado de São Paulo criou o Circuito dos Fortes (RESOLUÇÃO SCTDET – 04, de 11 de fevereiro de 2004). O Circuito dos Fortes, de certa forma vem se desenvolvendo com a ideia inicial de que não se trata de um roteiro pré-estabelecido, mas sim de visitações pontuais, especialmente nas fortificações que ainda hospedam unidades modernas do Exército Brasileiro, por meio de agendamento prévio.

Figura 9 – Página do jornal A TRIBUNA, 13 de janeiro de 2007.

   O projeto do Circuito dos Fortes foi desenvolvido pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) e está disponível no seu portal, com riqueza de detalhes.  Foi lançado no Forte Duque de Caxias, com a presença do governador e prefeito da Praia Grande, em 2004 (fosso abaixo).

Figura 10 – Composição de imagens, arquivo da AGEM, E R Secomandi e Victor Hugo Mori.

 

Figura 11 – Capa do livro editado em 2005, foto de A C Freddo.

   Uma das primeiras manifestações de apoio ao projeto Circuito dos Fortes, em publicação da Ecovias, 2004.

Figura 12 – Capa de revista da ECOVIAS, 2015.

   Manifestações atuais

Figura 13 – Exposição iconográfica permanente, no andar superior da Casa do Trem Bélico. Fotos acima, de José Luiz Borges, CAMPS, Santos.

 

ADENDA

HISTÓRIA REGIONAL NA PRÁTICA

    Forte de São João,1551, Bertioga, SP, é uma das fortificações coloniais do Sistema Defensivo do Porto de Santos, indicadas para o Patrimônio Mundial.

   Tivemos a oportunidade de realizar, 450 anos depois (2015), o mesmo percurso marítimo entre Bertioga e o Rio de Janeiro, refazendo o percurso da esquadra de Estácio de Sá, para dar início à construção da Fortaleza de São João (mesmo padroeiro), em 1º de março de 1565. Somente dois anos depois Estácio de Sá conseguiu expulsar os franceses que ocuparam a Baía de Guanabara, desde 1550.

   O Forte de São João, 1551, Bertioga, SP, deu origem a um livrete (acesso acima), bastante ilustrado que se encontra disponível na plataforma “academia.edu”.

   A reconstrução da viagem marítima de Estácio de Sá para fundar a cidade do Rio de Janeiro também consta dos capítulos 5 a 9 do livro digital que se encontra disponível abaixo, utilizado com referência básica para este projeto educacional.

 

DEFENDER

   Com o propósito de agilizar o acesso a este arquivo, indicamos apenas os links de acesso às imagens (vídeo e painéis) por meio dos quais se pode fazer uma defesa do modelo dissertativo aqui apresentado.

   Linha do tempo do sistema defensivo: vídeo selecionado pela Pátria Filmes, Rio de Janeiro, RJ, para o >

  

JUSTIFICAR

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Indicamos abaixo uma bibliografia ampla para eu o visitante tenha acesso aos modelos apresentados em pequenos arquivos que compõem este projeto educacional.

 ANDRADE, Wilma Therezinha Fernandes de. Presença da Engenharia e Arquitetura na Baixada Santista. S. Paulo: Nobel, 2001.

ARAUJO FILHO, José R. Santos. O Porto do Café. Rio de Janeiro: Fundação IBGE/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1969.

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CALIXTO, Benedito. Capitanias Paulistas. São Paulo, autor, 1927.

CARONE, Edgard. Evolução Industrial de São Paulo (1889-1930). São Paulo: Senac, 2001. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. O Porto de Santos e sua história. Santos: Editora Documentação Brasileira, 1986.

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CASTRO, Adler Homero da Fonseca. Muralhas de pedra, Canhões de Bronze, Homens de Ferro. Fortificações do Brasil de 1504 a 2006. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Exército Brasileiro.

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FERREIRA, Arnaldo Medeiros. Major-General do Exército Português. Fortificações Portuguesas no Brasil. Lisboa: ELD/Círculo de Eleitores, 2004.

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FRIGÉRIO, Angela Maria G., ANDRADE, Therezinha F. de OLIVEIRA e Yza Fava. SANTOS – Um encontro com a História e a Geografia. Santos: Editora Leopoldianum, 1992.

MABE, Yoshime e MORI, Victor Hugo. Vento Vermelho. Folder produzido pelo IPHAN, para inauguração do painel de Manabu Mabe. São Paulo: IPHAN, 1998.

MADRE DE DEUS, Frei Gaspar. Memórias para a História da Capitania de São Vicente. São Paulo: Martins, 1953.

MORI, Victor Hugo. Arquitetura Militar: Um Panorama Histórico a Partir do Porto de Santos. S. Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Fundação Cultural Exército Brasileiro, 2003.

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     Caso queira acessar a Linha-do-Tempo completa e buscar os demais arquivos, clique, abaixo, em Voltar.

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