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6. RESENHAS: DOIS MODELOS COM UM FORTE E UMA FORTALEZA FUNDAMENTAIS PARA A MANUTENÇÃO DA UNIDADE TERRITORIAL DO BRASIL

HISTÓRIA NA PRÁTICA MARÍTIMA: Do Forte de São João, 1551, Bertioga, SP. para a Fortaleza de São João, 1565, Rio de Janeiro, RJ.

OLA! Bem-vindo / Bem-vinda ao "tapete mágico da nossa História!"

EXEMPLO SOBRE HISTÓRIA NA PRÁTICA: Do Forte de São João, Bertioga, SP. para a Fortaleza de São João, Rio de Janeiro, RJ.

Formatação deste arquivo: 1 - Dissertar, 2 - Defender e, 3 - Justificar

 

1 - DISSERTAR

Figura 1 - Capa e contracapa do livro digital

APRESENTAÇÃO

   O FORTE da unidade nacional é a primorosa obra fruto de dedicada pesquisa e admirável elaboração, autoria dos historiadores, vates da Cultura nacional, saudosa acadêmica escritora Dra. Clotilde Paul (1935-2015) e incansável acadêmico Coronel Elcio Rogerio Secomandi.

   A presente edição especial tendo por base a original, “Cruzeiro Forte de São João – 450 anos da Expedição de Estácio de Sá”, editada em 2015, evidencia o extraordinário movimento de resgate histórico dos gloriosos acontecimentos – epopeia marítima -, que ensejaram o surgimento das magníficas fortificações – Forte de São João (1551, Bertioga-SP) e Fortaleza de São João (1565, Rio de Janeiro-RJ).

   Propõe-se valorizar e referendar as indicações a Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas, para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e destaca a belíssima edificação localizada no município de Bertioga – “São João” – no status de “O FORTE da unidade nacional”, conforme a própria denominação do livro. Honra imensa à Academia Santista de Letra o privilégio de hipotecar seu irrestrito apoio institucional à notória publicação, que exalta a realidade histórica da região da Baixada Santista, a ser integrada ao Patrimônio da Humanidade, orgulho de todos nós!

   Homenagens aos autores, acadêmica Clotilde Paul (in memoriam), acadêmico Elcio Rogerio Secomandi, membros efetivos da Academia Santista de Letras – Casa de Martins Fontes -, que muito a honram por mais um grande feito e ao ilustre coautor, historiador João Jorge Peralta, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santos.

Acadêmico Eustázio Alves Pereira Filho

Presidente da Academia Santista de Letras

 

PREÂMBULO

   Com o propósito de ressaltar a importância da epopeia marítima que envolveu duas fortificações quinhentista indicadas para o Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), apropriamo-nos de uma frase emblemática do crítico literário Alceu Amoroso Lima (1893-1983), imortalizado pela Academia Brasileira de Letras com o pseudônimo de Tristão de Ataíde, quarto ocupante da Cadeira nº 40, cujo patrono é o Visconde do Rio Branco (1818-1880):

“O maior assombro da nossa História é a unidade nacional”

   Existem, claro, diversos entendimentos sobre a unidade nacional, mas, sem dúvida, a primeira e mais ousada refere-se à epopeia que resultou na expulsão dos franceses que ocuparam a Baía de Guanabara em 10 de novembro de 1554 (fundando a chamada França Antártica) e lá permaneceram até 20 de março de 1567, com apoio dos índios tamoios. Se aquela ocupação territorial por cerca de doze anos tivesse progredido e se expandido pela enorme área litorânea de domínio dos tamoios, entre a Baía de Guanabara e a embocadura do Canal de Bertioga, sem dúvida a unidade nacional que temos hoje não seria possível.

Figura 2 - Fotomontagem de Victor Hugo Mori e desenhos do compêndio de Adler Homero Fonseca de Castro. 

   Antiga várzea no istmo que liga os morros “Pão de Açúcar e Cara de Cão”, entre o mar aberto e a Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, onde aportou Estácio de Sá, no dia 1º de março de 1565.

   Em 2015, 450 anos depois, o autor editou um livrete sobre a reconstituição histórica – com cinco “caravelas dos nossos dias” – do trajeto marítimo empreendido pela esquadra de Estácio de Sá, em 1565. O livrete original foi produzido por dois membros da Academia Santista de Letras: Elcio Rogerio Secomandi, autor, e Clotilde Paul (1935-2015) (*). 

Figura 2 - Fotos Volnys Bernal, comodoro da expedição 450 anos depois ...

   (*) A acadêmica Rosana Valle, à época jornalista da TV TRIBUNA, e hoje Deputada Federal, nos acompanhou na 1ª fase do evento histórico, como tripulante do veleiro capitânia Triunfo II, do velejador de cruzeiro João Jorge Peralta, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

  As duas fortificações quinhentistas envolvidas na epopeia de unificação territorial estão na Lista Indicativa do Governo do Brasil para concorrerem ao honroso título de Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

 

   O TEMA de duas resenhas: Fundamentos históricos e reconstrução de uma viagem marítima 450 anos depois...

1. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS

 Fundação da Cidade do Rio de Janeiro, 1º de março de 1565.

   Resenha extraída do compêndio HISTÓRIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO: Perfil militar de um povo. Estado-Maior do Exército Brasileiro. Fundação IBGE, Rio de Janeiro e Brasília, 1972.

FOI ASSIM OU QUASE ASSIM ...

   Foi assim ou quase assim que tudo começou na parte central de uma estreita e alongada planície outrora coberta pela Mata Atlântica, onde existem dois estreitos canais de navegação que se aproximam das “muralhas de pedras” da Serra do Mar.

    Foi assim ou quase assim que as vilas de São   Vicente (1532) e de Santos (1540) surgiram em áreas protegidas pela natureza e longe das “vistas” do mar aberto e dos “fogos” dos canhões dos piratas e dos corsários (1).

   Ao longo dos séculos XVI ao XVIII, outras “muralhas de pedras” – fortins, fortes, fortalezas – foram erguidas pelos colonizadores para proteger a primeira “cabeça de praia” (base militar em terra firme), edificada na Baía de Santos para dar apoio à conquista de novas terras “nunca dantes” exploradas.

   Foi assim ou quase assim, “passo-a-passo” e prosseguindo no caminho da organização militar que, o Brasil – Colônia e Império – expandiu-se inicialmente, a partir da Capitania de São Vicente, segundo J. B. Magalhães.

   E foi assim também, neste clima de povoamento e conquistas territoriais, que se deu uma das primeiras e mais emblemáticas ações marítimas, unindo portugueses, colonos e índios para expulsar os franceses que ocupavam a Baía de Guanabara, entre 1555 e 1567. As batalhas resumidas neste livro digital foram revividas 450 anos depois da epopeia que deu início à fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

   Ressalta-se, de imediato, a importância de duas fortificações com o mesmo nome Santo - São João -, ambas indicadas para o Patrimônio Mundial. Foi, sem dúvida, a primeira projeção do poder, pelo mar, apenas em águas territoriais brasileiras, garantidora da unidade nacional, já no início da colonização do Brasil.

   Em 1565, Estácio de Sá partiu do Forte de São João, hoje Bertioga, SP, com cinco naus e caravelas, para estabelecer uma posição tipicamente militar no istmo que liga os morros “Pão de Açúcar e Cara de Cão”, situado entre o mar aberto e a Baía de Guanabara. Ali estabeleceu o que hoje se chama de “cabeça de praia”, ou seja, um local seguro e fortificado para se passar das operações marítimas para as operações terrestres ou de prosseguimento. O ataque final aos franceses só ocorreu dois anos depois (1567), expulsando-os após duas batalhas navais descritas neste ensaio acadêmico.

A CONQUISTA DA BAÍA DE GUANABARA

   Sem pretensões acadêmicas ou de estudos militares aprofundados, este ensaio aborda as operações navais conduzidas pelos portugueses e gente da terra, que resultaram na fundação do Rio de Janeiro, a partir da antiga Capitania de São Vicente. 

   E tudo começou com as Ordenações Afonsinas (D. Afonso V), tendo como “escolas vivas da guerra” as operações militares portuguesas realizadas com o propósito de “assegurar sua sobrevivência frente às monarquias vizinhas e às campanhas de reconquista do território lusitano em poder dos mouros”. Todavia, foi com o seguimento da política de navegação e descobrimentos marítimos lançada pelo Infante D. Henrique, no início do século XVI, que novas doutrinas militares foram colocadas em prática, separando os “combatentes de terra dos combatentes do mar”, dentre as quais a criação de “unidades táticas denominadas bandeiras, companhias ou ordenanças” (2).

   Foi nessa época, início do século XVI, que D. João III (1503/1557) resolveu explorar as terras do Brasil por meio das capitanias hereditárias, resultado da experiência adquirida na África e nas ilhas próximas [...]: “o donatário era um ‘locotenente’ do rei e os filhos da terra, os escravos e os agregados, em caso de guerra, ficavam obrigados a servir sob seu comando. As autoridades do reino forneciam-lhes (sic) armas, munições e até mesmo alguns oficiais de linha [...], mantendo, contudo, a defesa marítima a cargo do reino”. Dessa forma, “as tropas regulares, pagas pela Coroa, ficaram responsáveis pela defesa das rotas mercantis, e as forças não regulares, denominadas serviços de ordenanças, convocadas e mantidas em caso de guerra pelos donatários e capitães, garantiam a defesa da terra” (3).

   Neste contexto histórico pretende-se inicialmente revisitar o Perfil Militar da Capitania de São Vicente, região onde Martim Afonso de Souza aportou no dia 2 de janeiro de 1532, com uma esquadra composta por “fidalgos, militares de estirpe, soldados portugueses, mercenários, italianos e franceses, bombardeiros, besteiros e espingardeiros”.

   Não foi por acaso que o primeiro capitão-mor do Brasil escolheu a região da baía de Santos para estabelecer sua “cabeça de praia”, após mandar reconhecer todo o litoral atlântico da América do Sul, desde a foz do Amazonas até a foz do Rio da Prata (4).

   A Vila de São Vicente, estruturada com a primeira Câmara Legislativa do Brasil, aprovou, por meio do Termo (Resolução) de 9 de setembro de 1542, um “esboço do serviço militar obrigatório, que dava organização a uma milícia formada por colonos e índios” (5).   

   Com o fracasso da maioria das capitanias hereditárias, em 1548 foi criado o Governo-Geral do Brasil, tendo Salvador (BA) como capital por mais de 200 anos.  O Regimento de 17 de dezembro de 1548 sistematizou a defesa da Colônia, obrigando [...] “todo colono habitante da terra a possuir uma arma de fogo, pólvora e chumbo e aos proprietários de engenho de terem a pólvora necessária para acionar dois falcões (canhões de pequeno calibre)” (6).  

  Tomé de Souza, primeiro governador-geral, em viagem ao sul, 1552/3, tomou providências para concluir “[...] as obras de defesa contra os tamoios, os quais, sempre instigados pelos franceses [do Rio de Janeiro], traziam as populações de São Vicente, Santos e Santo Amaro, em constante sobressalto”.

   Uma das providências foi o provimento de armas e equipamentos para as fortificações da Barra de Bertioga, local de encontro entre tribos indígenas inimigas: “[...] os tupiniquins, aliados dos portugueses, e os tamoios, aliados dos franceses”, que ocupavam a Baía da Guanabara (7).

    Com uma legislação voltada para a defesa da terra, pôde a colônia dar início à expedição que viria fundar o Rio de Janeiro, a partir da Capitania de São Vicente, pois, na Baía da Guanabara, corsários franceses, comandados pelo vice-almirante Nicolau Durant Villegaignon, com apoio do conde de Coligny – almirante Gaspar de Châtillon, protestante calvinista – fundaram a França Antártica (10 de novembro de 1554).

   Foi nessa situação que, em 1557, o terceiro governador-geral, Mem de Sá, veio encontrar a colônia portuguesa, “[...] agravada pela repercussão na Metrópole da incapacidade demonstrada por Duarte da Costa” – 2º governador-geral – para expulsar os invasores.

    De imediato, Mem de Sá “fundou na capitania do Espírito Santo, uma base terrestre capaz de fornecer o indispensável apoio cerrado às operações e de impedir a expansão dos franceses para o norte, barrando-lhes o acesso fácil à capital da colônia – Salvador” (8).

   A 15 de março de 1560, uma sexta-feira, teve início o ataque de Mem de Sá ao Forte Coligny – Ilha de Villegaignon, onde hoje está a Escola Naval –, conforme reconstituição esquemática ao lado.  No dia seguinte, sábado, “cerca de 200 franceses e 800 tamoios” fugiram para o interior. “No domingo, pela primeira vez foi rezada missa de ação de graças naquela ilha”.

   “Mem de Sá determinou fosse o forte arrasado, apressando-se em abandonar a área sem deixar um único defensor. Este procedimento, pouco depois, invalidaria todo aquele esforço de luta” e, por causa dessa improvidência, os tamoios, aliados dos franceses e por eles insuflados, passaram a mover guerra implacável a todas as povoações portuguesas na Capitania de São Vicente (9).

 

Figura 3 - Composição de gravuras existentes nas paredes do Forte de São João e Fortaleza de São João (quadro de Benedicto Calixto) e desenhos extraídos do compêndio História do Exército Brasileiro.

    Em 1563, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, veio de Portugal, com dois navios de guerra e ordens expressas para expulsar definitivamente o invasor francês (Villegaignon). “Com os meios que Mem de Sá, em Salvador, pôs à sua disposição, partiu para o Rio de Janeiro em princípios de 1564. Hostilizado, entretanto, pelos tamoios, prosseguiu para São Vicente, já ciente de que alguns índios haviam quebrado a paz de Iperoig” (10). [...]. Em São Vicente Estácio de Sá encontrou o padre José de Anchieta reunido com vários chefes indígenas, dentre os quais Cunhambebe, cacique tupinambá e que se tornou valioso aliado.

   Os preparativos para a expedição foram demorados, mas contaram com o incentivo e apoio do padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil. Após abastecer as naus da expedição, Estácio de Sá rumou para o Rio de Janeiro, dando origem à epopeia assim descrita do compêndio História do Exército Brasileiro:

   “A 1º de março de 1565, Estácio de Sá desembarcou e iniciou os trabalhos de fortificação e construção das primeiras casas na várzea ao lado do Pão de Açúcar e do morro Cara-de-Cão, erigindo a Vila Velha, que daria origem à cidade do Rio de Janeiro” (11).

   A figura abaixo reproduz os esquemas das duas manobras empreendidas contra os franceses na Baía de Guanabara.   

Figura 4 - Esquemas das manobras de Mem de Sá (1560) e Estácio de Sá (1567), extraídos do compêndio História do Exército Brasileiro.  

   Em meados de janeiro de 1567, Estácio de Sá, após receber reforços vindos da Metrópole e poderoso contingente composto por fidalgos, habitantes da terra e índios mobilizados pelos padres Nóbrega e Anchieta na Capitania de São Vicente, a expedição partiu do Forte São Tiago (hoje Forte São João de Bertioga) para o Rio de Janeiro, sob comando de Cristóvão de Barros.

1 – Projeção do Poder pelo mar, saindo do Forte de São João, Bertioga, no dia 22 de janeiro de 1565.

2 – Desembarque no istmo que liga os morros Pão de Açúcar e Cara de Cão (Urca, Rio de janeiro) no dia 1º de março de 1565. Construção do que hoje se chama “cabeça de praia”, ali permanecendo até 1567, quando se deu a expulsão definitiva dos franceses que ocupavam a Baía de Guanabara, desde 1555.

3 – Ataques simultâneos às bases francesas (hoje: Ilha do Governador e Ilha de Villegagnon.

   “Ficou decidida, em conselho, a data de 20 de março para início da ofensiva. Depois de rezada missa campal, iniciaram-se os ataques, primeiro contra Uruçu-mirim (hoje Praia do Flamengo) e em seguida contra o Forte de Paranapuã, na ilha dos Maracajás (hoje Ilha do Governador), conforme reconstituição esquemática no desenho ao lado. Os franceses, que deles escaparam, tomaram suas naves e desapareceram da baía da Guanabara”, (...) estabelecendo-se, porém, em Cabo Frio.

   Conclui o texto sobre a História do Exército Brasileiro: “Foi inestimável o auxílio tanto da gente de São Vicente e Itanhaém quanto dos jesuítas, para o desfecho feliz das operações que culminaram com a expulsão dos franceses da Guanabara (...). Estácio de Sá, ferido por uma flechada, veio a falecer cerca de um mês depois” (12).

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2. RECONSTITUIÇÃO DE UMA EPOPEIA / BERTIOGA-RIO DE JANEIRO, 450 ANOS DEPOIS...

      Resenha extraída do livrete O FORTE DA UNIDADE NACIONAL, de autoria de proponente deste ensaio acadêmico, tendo como coautora a saudosa Profa. Dra. Clotilde Paul (1935-2015). Navegar Editora, São Paulo, SP, 2015.

 

Figura 5 - Capa do livrete Bertioga - Rio, 450 anos depois... 

Em 2015, tivemos a oportunidade de refazer o trajeto marítimo percorrido pela esquadra de Estácio de Sá, com cinco “caravelas dos nossos dias” (veleiros oceânicos). A viagem foi realizada 450 anos depois da epopeia de Estácio de Sá, dando início à construção da Fortaleza de São João (1º de março de 1565) e fundação da cidade do Rio de Janeiro.

Veleiros, Comandantes e etapas da viagem

1a etapa: Jazz 4 (Com. Volney Bernal), Kilimannjaro (Com. Philippe Gouffon), Serenata I (Com. Hélio Solha), Triunfo II, (Com. João Jorge Peralta) e Malago, (Com. Jurandir Andrade).

2a etapa: Jazz 4 (Com. Volney Bernal) Kilimannjaro (Com. Philippe Gouffon) Napoleão, (Com. Maurício Napoleão), Serenata I, (Com. Hélio Solha), Triunfo II, (Com. João Jorge Peralta) e TYR, (Com. Matheus Eicler).

   O Navio Escola Cisne Branco capitaneou a expedição marítima entre o Forte de Copacabana e a Fortaleza de São João, Rio de Janeiro, RJ.

  

Figura 6 - Fotos de Victor Hugo Mori: Forte de São João e Fortaleza de São João

 

BERTIOGA-RIO DE JANEIRO, 450 ANOS DEPOIS...

Figura 7 - Carta náutica do trajeto Bertioga - Rio de Janeiro  

A Expedição Bertioga-Rio: 450 anos depois... teve por finalidade reproduzir a epopeia da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro, ocorrida nos idos de 1º de março de 1565. O evento histórico foi promovido pela Associação Brasileira dos Velejadores de Cruzeiro (ABVC), com apoio da Prefeitura Municipal de Bertioga, do Comitê Rio 450 Anos, do Exército Brasileiro - por meio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural e do Centro de Capacitação Física do Exército -, da Marinha do Brasil, das universidades federais do Rio de Janeiro (UNIRIO, UFF, UFRJ, UFRRJ), do Iate Clube de Santos, da Marina Brachuy de Angra dos Reis, do Iate Clube do Rio de Janeiro, da Fundação Cultural Exército Brasileiro, do International Committe on Fortifications and Military Heritage, da Sociedade Amigos da Marinha, do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e da Academia Santista de Letras.

   O resgate histórico, 450 anos depois, da epopeia naval de Estácio de Sá teve início com significativa cerimônia cívico-militar, no Parque dos Tupiniquins, junto ao Forte de São João, Bertioga, SP, com uma cerimônia religiosa de batismo e uma guarda da Fortaleza de Itaipu (2º GAAAe), Praia Grande, SP, abrilhantaram ainda mais a partida dos veleiros, no entardecer do dia 20 de fevereiro de 2015.

   Participaram do palanque de autoridades o Prefeito Municipal de Bertioga, o Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, o Capitão dos Portos de São Paulo, o comodoro da expedição marítima, os comandantes das “caravelas dos nossos dias” e os acadêmicos Clotilde Paul e Elcio Rogerio Secomandi, representando a Academia Santista de Letras.

Figura 8 - Cerimônia da partida das "cinco caravelas dos nossos dias". Fotos: Volnys Bernal, comodoro da expedição marítima, arquivo da Prefeitura de Bertioga e composição de fotos (Volnys Bernal) e desenho do compêndio História do Exército Brasileiro.

A EXPEDIÇÃO

  1. Objetivos

   Explorar e reconstituir a epopeia da expedição de Estácio de Sá, partindo do Forte de São João de Bertioga rumo à Baía de Guanabara, com o intuito de ocupar a região que estava sob o domínio dos corsários franceses, apoiados pelos índios tamoios.

   Comemorar, 450 anos depois (1º de março de 1565 / 2015), a chegada da expedição marítima na região hoje ocupada pela Fortaleza de São João, marco da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

   Resgatar a parte marítima da mais significativa expedição luso-brasileira de projeção do poder colonial, somente em mares do Brasil.

Sl 10 Corneta

 

A PARTIDA das “caravelas dos nossos dias”

 

 

Figura 9 - Fotos de Volnys Bernal e Philippe Gouffon

   Após a solenidade cívico-militar em Bertioga, no entardecer do dia 20 de fevereiro de 2015, partimos com as cinco “caravelas dos nossos dias” – mesmo número de naus de Estácio de Sá, 450 anos passados –, ao sabor das ondas e dos ventos, para singrar as águas do Atlântico Sul rumo à Baía de Guanabara, com a primeira etapa se encerrando na Marina Bracuhy, em Angra dos Reis, RJ.

 

O DESAFIO

  O maior desafio talvez não tenha sido o mar bravio, navegando, noite toda, de 28 de fevereiro a 1º de março de 2015, com veleiros modernos, mas sim o refazer simbolicamente a rota fascinante dos homens do mar, tantos séculos passados.

  O içar velas em Angra dos Reis em busca de sonhos vividos por rudes marinheiros de então, nos permitiu melhor avaliar o desejo inquebrantável dos nossos antepassados para nos garantir a unidade nacional.

  Com as “caravelas dos nossos dias”, a flotilha da ABVC aportou ao amanhecer, no mesmo local deslumbrante que se avista do mar aberto, até hoje ocupado pelo Exército Brasileiro, com escolas do mais alto nível do ensino militar.

Figura 10 - Fotos de Volnys Bernal

 

CHEGADA MEMORÁVEL

   A expedição histórica apontou às 07h30 do dia 1o de março de 2015 diante da Fortaleza de São João, escoltada pelo Navio Escola Cisne Branco, ancorando diante de enorme plateia que ocupava o mesmo lugar onde Estácio de Sá aportou, no dia 1º de março de 1565, na várzea do istmo, entre os morros Cara-de-Cão e o Pão de Açúcar.

   As cinco “caravelas dos nossos dias”, capitaneadas pelo Navio Escola Cisne Branco, desfilaram diante da histórica Fortaleza de São João de Guanabara, sob os acordes da Banda Marcial do Batalhão do Imperador e da Orquestra Violões da Fortaleza, tendo como “pano de fundo” uma salva de tiros de Artilharia, respondida pelos canhões do Cisne Branco. 

Figura 11 - Fotos do arquivo da Fortaleza de São João e de André Vaz

PROGRAMAÇÃO CÍVICA

   As comemorações dos 450 anos da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro constaram de ampla programação: cerimônia cívico-militar, alocução alusiva à data histórica, encenação das operações terrestres por atores vestidos de navegantes e índios, soerguimento de uma cópia do padrão português (marco de posse da terra), ato religioso, bênção e entrega da chave da cidade ao Prefeito Municipal.

   Após o evento cívico-militar, os navegantes visitaram a Fortaleza de São João e, à noite, um jantar de confraternização.

___________

EVENTOS ACADÊMICOS

   Antecedendo a chegada dos veleiros, foi realizado um ato cultural significativo, no dia 28/02/2015, na Casa Histórica de Deodoro. A Profa. Dra. Marisa Egrejas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LTDS/COPPE/UFRJ), o Presidente da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro (ABVC), Prof. Dr. Volnys Bernal e o Cel. Art. Vetº. Elcio Rogerio Secomandi proferiram palestra alusiva ao tema e o coordenador, Prof. Dr. Roberto Bartholo, por ocasião da entrega formal do projeto Roteiros dos Fortes da Baía de Guanabara à Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx).

O Roteiro dos Fortes da Baía de Guanabara resultou no documentário para a web_Nós no Forte, produzido pela UFRJ (COPPE/LTDS), com mídia do Prof. Dr. André Paz, pesquisador, pós-doutorado sobre narrativas interativas.

 

   O Cruzeiro Forte de São João foi também um ato motivador para o lançamento do projeto Roteiros dos Fortes: circuitos turísticos em fortes e fortalezas da Baía da Guanabara, coordenado pelo Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social (LTDS / Programa de Engenharia de Produção / COPPE / UFRJ), com apoio da FAPERJ – Federação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – Edital Pensa Rio 2011. Diversas parcerias foram estabelecidas entre a UFRJ, dentre elas as Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Contou também com a parceria do Exército Brasileiro, por meio de sua Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHCEx).

    O Roteiro dos Fortes desenvolvido pela UFRJ tem por objetivo estimular a visitação aos fortes e fortalezas da Baía de Guanabara, destacando-os como patrimônio histórico fluminense e brasileiro e, ao mesmo tempo, fortalecer vínculos identitários e a preservação da memória social e cultural. Por outro lado, destaca-se também, a indicação de duas fortificações coloniais para o Patrimônio Mundial: Forte de São João, 1565, Rio de Janeiro RJ, e Fortaleza de Santa Cruz, 1578, Niterói, RJ.

   O Roteiro dos Fortes da Baía de Guanabara envolve as fortificações coloniais e republicanas de proteção da então Capital da República, e atualmente abriga modernas unidades do Exército Brasileiro – Centro de Estuados de Pessoal, no Forte Duque de Caxias, Museu do Exército, no Forte de Copacabana, Centro de Capacitação Física e Escola Superior de Guerra, na Fortaleza de São João, Comando da Artilharia Divisionária/1, no complexo de fortificações de Niterói, dentre outras instituições. A visitação pública a estes espaços culturais de significativos valores simbólicos, conta com outras propostas de roteiros a partir do diálogo com autoridades, instituições interessadas e visitantes. Sobrepõe-se, portanto, a lógica da construção de roteiros turísticos a partir da visão puramente técnica uma vez que coloca a expertise sobre a arquitetura militar ao alcance de pessoas e instituições interessadas na construção da nossa história, pelo seu perfil militar edificado ao longo de muitos séculos.

O projeto “Nós no Forte” foi desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro e apresentado também no 8º Seminário Internacional do ICOFORT, 2017, no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, RJ.

CONSIDERAÇÕES FINAIE E CONSCLUÇÃO

   SENTIDO LÚDICO DA PROJEÇÃO DO PODER COLONIAL PORTUGUÊS

 Inspirado no poema épico de Luís de Camões, 1572

A projeção do poder colonial português, com sua Armada singrando mares da costa do Brasil, tem neste “briefing” um sentido lúdico, inspirado no maior poema épico da língua portuguesa, na época em que tudo isto acontecia no “período das grandes navegações”:

 “No mar tanta tormenta e tanto dano (...)

Na terra, tanta guerra, tanto engano”

Luís de Camões / Os Lusíadas, 1572

      Eles, que eram tão poucos, numa colonização evangelizadora, ousaram construir este país-continente, fazendo uso de diversos meios e atributos que hoje fazem parte do “DNA” da nossa Nação, dentre os quais destacamos:

   1_ as fortificações – materiais e tangíveis – que permeiam o vasto perímetro da América de origem portuguesa;

   2_ a Fé cristã – espiritual – pelos nomes (oragos) destas fortificações e de inúmeras cidades e acidentes geográficos que pontilham o vasto território que hoje nos pertence; e,

   3_ o idioma – intangível – por meio do qual nos comunicamos.

   Há muito tempo a defesa territorial libertou-se dos invólucros arquitetônicos construídos sob a forma de cortinas fortificadas, deixando-nos, porém, um acervo patrimonial de inestimável valor histórico e cultural, como é o caso dos dois fortes com o mesmo orago:

   Forte de São João (1551), em Bertioga, e Fortaleza de São João (1565), no Rio de Janeiro. Origem e final do Cruzeiro ABVC – Bertioga/Rio, 450 anos depois.

   É preciso, portanto, incentivar a visitação a este formidável acervo cultural de origem militar, com a finalidade de prosseguir na preservação da memória nacional edificada no período colonial. Para tanto, nada melhor que o uso cultural e turístico, visando passar do “repelir inimigos, piratas e corsários”, para o “receber amigos/as”19.

   “Os Fortes, Fortins, Fortalezas fornecem uma visão geral única de um país ou continente e, por esta razão, têm sido reconhecidos como cenários úteis para a cooperação internacional” 20.

   E tudo isto se comprova ainda hoje, pelo surgimento de inúmeras cidades ao redor das fortificações coloniais, todas com nomes santos (oragos), dentre elas o Forte de Nossa Senhora do Monte Serrat (único que não deixou vestígio), em Santos; a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (1584), em Guarujá; o Forte de São João (1551, em Bertioga; a Fortaleza de São João (1560), no Rio de Janeiro e a Fortaleza de Santa Cruz (1567), Niterói, RJ.

   As fortificações quinhentistas de defesa dos portos de Santos e do Rio de Janeiro, indicadas para o Patrimônio Mundial, estão aqui apresentadas em destaque, pela origem e final da epopeia marítima de Estácio de Sá (1565). As revistas DaCultura, Fundação Cultural Exército Brasileiro, publicam regularmente artigos sobre as fortificações que premeiam o vasto perímetro do Brasil.  

   Foi assim, ou quase assim, que tudo começou na parte central de uma estreita e alongada planície outrora coberta pela Mata Atlântica, onde existem dois estreitos canais de navegação que se aproximam das “muralhas de pedras” da Serra do Mar. Foi assim ou quase assim que as vilas de São Vicente (1532) e de Santos (1544) surgiram em áreas protegidas pela natureza e longe das “vistas” do mar aberto e dos “fogos” dos canhões dos piratas e dos corsários.

   Ao longo dos séculos XVI ao XVIII, outras “muralhas de pedras” – fortins, fortes, fortalezas – foram erguidas pelos colonizadores para proteger as “cabeças de praia” (bases militares em terra firme), edificadas para dar apoio à conquista de novas terras “nunca dantes” exploradas.

   E foi assim, ou quase assim, com a união de portugueses, colonos e índios que os nossos antepassados viveram a epopeia da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

  Foi assim, ou quase assim, “passo-a-passo” e prosseguindo no caminho da organização militar que o Brasil – Colônia e Império – expandiu-se, a partir da Capitania de São Vicente, segundo J. B. Magalhães.

“Nas velas a Cruz de Cristo

Na gávea, um João qualquer

Ao leme, a esperança

Era a caravela um só coração”...

Clotilde Paul (in memoriam)

 

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 Sem qualquer pretensão acadêmica, mas assentado sobre documentação histórica confiável, procuramos apresentar alguns aspectos julgados importantes sobre a formação da nacionalidade brasileira, pelo perfil militar colonial. Colocamos, neste breve ensaio acadêmico, no formato de “história pública”, algumas considerações sobre a epopeia que nos garantiu, desde o início da colonização do Brasil, a nossa unidade nacional.

Nossa proposição visa dar maior visibilidade a um estudo sobre Educação Patrimonial centrado em mapas, desenhos, fotos, e fotomontagens, gentilmente cedidos por amigos e instituições que se preocupam com este tema, assim definido no portal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN):

   Ação educativa: refere-se às “pessoas que se reúnem para construir e dividir novos conhecimentos, investigar para conhecer melhor, entender e transformar a realidade que nos cerca”.

   Educação Patrimonial: diz respeito a todas as ações educativas que levam em conta “alguma coisa que tenha relação ao nosso patrimônio cultural”.

   Com uma abordagem lúdica e coloquial esperamos alcançar aquelas “pessoas que se reúnem para construir e dividir novos conhecimentos”, numa ação educativa com fundamentos históricos disseminados no Brasil ao longo de mais de 500 anos.

 

2 - DEFENDER

 

 

3 - JUSTIFICAR

ILUSTRAÇÕES

   Fotos, mapas, desenhos e composição fotos/desenhos

   Os créditos das ilustrações estão no livro digital, mencionados por autores (fotos) e, em seguida, pelas indicações de fontes de consultas no que se refere aos mapas e desenhos.

NOTAS

1 - Circuito dos Fortes. Projeto do Governo do Estado de São Paulo, Resolução SCTDET 04, de 11/02/2004. Em 2014 o “hub” do sistema defensivo do Porto de Santos passou a integrar o sistema nacional de museus históricos: Museu Histórico da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, administrado pela Prefeitura de Guarujá: https://fortalezadabarra.wordpress.com

2 - http://ltds.ufrj.br/projects/fortes/

3 - D. Afonso V (1432 / 1481): uma das primeiras coletâneas de leis da era moderna, compilando, em cinco volumes, toda a legislação anterior, desde o reinado de D. Dinis.

4 -EME. Op. cit., p. 25 ; 5 – EME. Op. cit. p. 18.

6 - Uma experiência que hoje se uma Parceria Público Privada.

7 - EME. Op. cit., p. 26 (desenho).; 8 – EME. Op cit. p.31.

8 - EME. Op. cit., pp .9 – 31.

9 - Embora a maioria tenha fracassado, as capitanias hereditárias foram extintas somente em 1758, pelo Marques de Pombal.

10 - Criado por D. João III, para nortear a administração da colônia, incluindo medidas para a defesa da terra e do litoral. Alguns historiadores fixam esta data como início da primeira organização militar terrestre do Brasil, sem considerá-la como um exército colonial.

11 – EME. Op. cit. p. 35: 12 - EME. Op. cit., pp. 31-35; 13 - EME. Op. cit., pp. 41-42.

14 - EME. Op. Cit. p. 40 - 41: “Em novembro de 1559, aportou na Bahia a armada de Bartolomeu Vasconcelos”. “Em Salvador, deixou um mínimo de tropas (...) e dirigiu-se ao Rio de Janeiro, fundeando na baía de Guanabara a 28 de fevereiro de 1560 e obteve informações da ausência de

Villegaignon, fato que decidiu a antecipação do ataque à Fortaleza ou Forte Coligny, localizada na ilha que hoje tem o nome de Villegaignon e onde se encontra a nossa Escola Naval” (...). “No entanto, a decisão coube a Mem de Sá, chefe supremo da empresa”.

15 - O Tratado de Iperoig (Ubatuba), foi assinado entre os portugueses e os índios tamoios (aliados dos franceses), no dia 14 de setembro de 1563, porém a paz foi “quebrada”, acirrando assim, a luta entre os portugueses e os franceses que ocupavam a baía da Guanabara.

16 - Hoje, toda a área da Urca, ao lado do Pão de Açúcar, pertence ao Forte São João (mesmo nome do Forte de Bertioga, de onde partiu Estácio de Sá para fundar o Rio de Janeiro).

17 - EME. Op. cit., p.  42; 18 - EME. Op. cit., pp 42- 43.

19 - Muitas das fortificações coloniais sobreviventes hospedam unidades modernas do Exército Brasileiro, museus e/ou órgãos da administração pública, com acessos devidamente controlados.

20 – ICOFORT _ International Committee on Fortifications and Military Heritage.

 

BILBIOGRAFIA BÁSICA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

   Indicamos abaixo uma bibliografia ampla para eu o visitante tenha acesso aos modelos apresentados em pequenos arquivos que compõem este projeto educacional.

 ANDRADE, Wilma Therezinha Fernandes de. Presença da Engenharia e Arquitetura na Baixada Santista. S. Paulo: Nobel, 2001.

ARAUJO FILHO, José R. Santos. O Porto do Café. Rio de Janeiro: Fundação IBGE/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1969.

BARRETO, Anibal. Fortificações do Brasil. Rio de Janeiro: Bibliex, 1958.

CALIXTO, Benedito. Capitanias Paulistas. São Paulo, autor, 1927.

CARONE, Edgard. Evolução Industrial de São Paulo (1889-1930). São Paulo: Senac, 2001. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. O Porto de Santos e sua história. Santos: Editora Documentação Brasileira, 1986.

 “DOCUMENTOS INTERESSANTES PARA A HISTÓRIA DE SÃO PAULO”. Plano de Defesa da Capitania de São Paulo, dez 1800. Arquivo do Estado de São Paulo. VLII, p. 178

CASTRO, Adler Homero da Fonseca. Muralhas de pedra, Canhões de Bronze, Homens de Ferro. Fortificações do Brasil de 1504 a 2006. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Exército Brasileiro.

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (EME). História do Exército Brasileiro: Perfil Militar de um Povo. Brasília: Fundação IBGE, 1972

FERREIRA, Arnaldo Medeiros. Major-General do Exército Português. Fortificações Portuguesas no Brasil. Lisboa: ELD/Círculo de Eleitores, 2004.

_____. Fortificações Portuguesas na Cartografia Manuscrita do Brasil. I Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica.  Rio de Janeiro, 12 e 15/10/2005.

FRIGÉRIO, Angela Maria G., ANDRADE, Therezinha F. de OLIVEIRA e Yza Fava. SANTOS – Um encontro com a História e a Geografia. Santos: Editora Leopoldianum, 1992.

MABE, Yoshime e MORI, Victor Hugo. Vento Vermelho. Folder produzido pelo IPHAN, para inauguração do painel de Manabu Mabe. São Paulo: IPHAN, 1998.

MADRE DE DEUS, Frei Gaspar. Memórias para a História da Capitania de São Vicente. São Paulo: Martins, 1953.

MORI, Victor Hugo. Arquitetura Militar: Um Panorama Histórico a Partir do Porto de Santos. S. Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Fundação Cultural Exército Brasileiro, 2003.

______Restauro da Casa do Trem Bélico. Salus, SP, 1999.

MUNIZ JUNIOR, J. Fortes e Fortificações do Litoral Santista. Santos: Obra do autor, 1982.

ORTALE, Maria Thereza. Pesquisa sobre os monumentos do Circuito dos Fortes. São Paulo: Formulário no 2, da Embratur- Atrativos turísticos, 2004.

PAUL, Clotilde. Porto de Santos – 120 anos de história. S. Paulo: Editora Brasileira, 2012.

PACHECO, Hector et all. O Circuito dos Fortes de Ponta a Ponta. Santos: jornal laboratorial de Comunicação Social da UniSantos, Entrevista: Caderno Especial, jun. 2004.

REDAÇÃO, Escunas ganham destaque. A Tribuna, 10/02/2010, A-7.

REFERÊNCIA à esquadra de Diogo Flores Valdéz no Brasil: Arquivo Geral das Indias, Sevilha - Charcas 41, doc. 27, 05/08/1583, carta 1, p.6.

RODRIGUES, Samuel. Passeios de escuna desvendam o Porto de Santos de modo singular.  A Tribuna, 10/01/2010, C-8.

SALGADO, Ronaldo Fidalgo e SILVA, Eraldo. Fortaleza da Barra Grande: Patrimônio Histórico Recuperado. Santos: Leopoldianum, 2000.

SECOMANDI, Elcio Rogerio. Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande. Santos: Leopoldianum, 2000.

___________. Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande: A História, a batalha, as crônicas, as intenções. In: Leopondianum, Santos (55) 116-127, 1993.

___________. Circuito Turístico dos Fortes. Santos: Leopoldianum, 2005.

SOUZA, Alberto. Os Andradas. São Paulo: Tipografia Piratininga, 1922.

STADEN, Hans. Duas viagens no Brasil. 5. ed. São Paulo: Edusp, 1974.

TONERA, Roberto.  CD-ROM Fortalezas Multimídia. Florianópolis: Projeto Fortalezas Multimídia/Editora da UFSC, 2001).

Pesquisa em portais de cobertura do evento indicadas

Para saber mais ....

Vídeo sobre a chegada das “caravelas dos nossos dias” no Rio de Janeiro, dia 1º de março de 2015

https://www.uol.com.br/carros/videos/assistir/?id=reconstituicao-historica-da-fundacao-do-rio-celebra-os-450-anos-da-cidade-04024E9C3064E4995326

AFP: 01/03/2015 16h50

Para comemorar os 450 anos do Rio de Janeiro, uma cerimônia foi realizada no mesmo local onde a cidade foi fundada, em 1565.

Atores encenaram a chegada do fundador do Rio, o capitão português Estácio de Sá.

http://www.bertioga.sp.gov.br/forte-sao-joao-recebe-palestra-sobre-educacao-patrimonial-nesta-quinta-feira-12/

O capítulo 4 do projeto digital sobre turismo virtual em fortificações coloniais contém mais informações sobre a reprodução da epopeia vivida pela esquadra de Estácio de Sá e encontra-se disponível em: https://www.academia.edu/43598208/TURISMO_VIRTUAL_EM_FORTIFICACOES_COLONIAIS_DO_BRASIL

Vídeo: Reconstituição histórica_ AFP Band Rio 01/03/2015

https://drive.google.com/file/d/1dVH72CJVjT3XxwmC-II5aGIRzcHgW40y/view

Vídeo da Marinha do Brasil sobre os 450 anos da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro__

 https://drive.google.com/file/d/1dVH72CJVjT3XxwmC-II5aGIRzcHgW40y/view

Publicação do projeto Roteiro dos Fortes da Baía de Guanabara

https://www.facebook.com/roteirosdosfortes/

EXPOSIÇÃO VIRTUAL (Fortificações coloniais do Brasil indicadas para o Patrimônio Mundial): projeto BRASIL: Forte abraço, da artista plástica Cristiane Carbone, com texto e apresentação do autor deste livrete: https://youtu.be/2uvZBm9aucA

 

AGRADECIMENTOS

Com os agradecimentos especiais ao Prof. Dr. Cesar Bargo Perez, à artista plástica Cristiane Carbone e ao velejador João Jorge Peralta, pelas sugestões e envio de material relacionado com a reconstituição da epopeia vivida por Estácio de Sá e sua tripulação composta, à época, por militares portugueses e habitantes da Capitania de São Vicente.

Agradecemos também à Papirus Impressões, por nos ajudar a produzir este livrete realizando diversas provas gráficas até chegar a esta versão que julgamos apropriada para o “conto de uma breve história pública”.

 

SOBRE OS AUTORES E COLABORADORES

Edição original, 2015

Elcio Rogerio Secomandi, Coronel de Artilharia veterano, Economista e Professor Emérito da Universidade Católica de Santos (Unisantos).

www.secomandi.com.br

Clotilde Paul (1931-2015) - in memoriam - Advogada, Doutora em História Social e Diretora-Secretária da Sociedade Visconde de São Leopoldo, mantenedora da Unisantos.

 

Edição especial, 2023

Elcio Rogerio Secomandi, autor.

João Jorge Peralta, coautor, velejador, graduado em Letras e Filosofia (USP), especialista em Literatura Portuguesa e Brasileira.

 

Colaboradores da edição especial

Cesar Bargo Perez, Arquiteto, Doutor em Ciências da Comunicação, Coordenador de Relações Institucionais da Universidade Católica de Santos.

Cristiane Carbone, Artista plástica, Professora de Arte, Diretora do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. 

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   Caso queira acessar a Linha-do-Tempo completa e buscar os demais arquivos, clique, abaixo, em Voltar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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