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2. CAPÍTULO I - FORTIFICAÇÕES COLONIAIS DO BRASIL - SÉCULOS XVI, XVII E XVIII

19 Fortificações coloniais indicadas como

CAPÍTULO I - PROJETO BRASIL ... FORTE ABRAÇO

     O IPHAN encaminhou à UNESCO, em 2015, uma lista indicativa contendo dezenove (19) fortificações coloniais que permeiam o vasto perímetro do Brasil, para concorrerem, como “conjunto de bens seriados”, ao título de Patrimônio Mundial**.

   As fortificações concorrentes estão distribuídas no espaço territorial brasileiro conforme a lista de estados que se segue.

   1 – Mato Grosso do Sul: Forte de Coimbra.

   2 – Rondônia: Forte Príncipe da Beira.

   3 – Amapá: Fortaleza de São José de Macapá.

   4 – Rio Grande do Norte: Forte dos Reis Magos.

   5 – Paraíba: Forte de Santa Catarina.

6 – Pernambuco: Forte de São João do Brum, Forte das Cinco Pontas e Forte de Santa Cruz de Itamaracá.

7 – Bahia: Forte de São Marcelo, Forte de Santa Maria, Forte de Nossa Senhora do Monte Serrat, Forte de São João da Barra e Forte de São Diogo.

8 – Rio de Janeiro: Fortaleza de Santa Cruz e Fortaleza de São João.

9 – São Paulo: Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande e Forte de São João.

10 – Santa Catarina: Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.

     No momento, 2022, o IPHAN está cumprindo exigências normais, constantes do dossiê preliminar enviado à UNESCO em fevereiro de 2021.

     O projeto BRASIL ... FORTE ABRAÇO aborda um conjunto de ações que tem como objetivo trabalhar com a Educação Patrimonial, por meio de quadros, óleo sobre tela, que retratam um conjunto de fortificações coloniais indicado, como “bens seriados”, para o Patrimônio Mundial pela UNESCO, para julgamento, até 2025, pelo Conselho Mundial.

   Trata-se de uma exposição itinerante que tem como desdobramento a realização de palestras com profissionais da área, encontro com artistas, visitas às escolas e oficinas pedagógicas.

   Os quadros, como citado, são de Cristiane Carbone. Os textos, de Elcio Rogerio Secomandi.

   O histórico, ricamente ilustrado, de cada uma das dezenove fortificações coloniais pode ser acessado no portal Fortalezas.org, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O mapa estilizado, a seguir, sugere uma visualização geral do entorno do Brasil.

 

BRASIL... FORTE ABRAÇO

 

 

 

 

 

   Quadros, óleo sobre tela, da artista plástica Cristiane Carbone, coautora deste projeto educacional.

   Textos de Elcio Rogerio Secomandi, autor, com acessos à plataforma fortalezas.org, da UFSC.

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CAPÍTULO I - Fortificações do Século XVI a Leste da Linha Mediática de Tordesilhas

No Nordeste

  1. Forte dos Reis Magos, RN / 1596.

   

Teve início no Dia dos Reis (6/1/1598), antecedendo a fundação da cidade de Natal (1599). Diferencia-se dos demais fortes do Brasil pelos seus conceitos construtivos. Ativo ao longo dos séculos, encerrou suas atividades militares aquartelando tropas durante a 2ª Guerra Mundial. Atualmente integra um conjunto urbanístico de grande expressão artística e histórico-cultural, do qual faz parte a Igreja de Santo Antônio, a Catedral, o Museu de Sobradinho e o Palácio do Governo.

    Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC) / Forte dos Reis Magos

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=417

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      2. Forte de Santa Catarina, PB / 1585.

   A construção primitiva do Forte teve a invocação de Santa Catarina de Alexandria e homenagem à Duquesa de Bragança. Destruído pelos nativos (1590) com apoio de corsários franceses, foi reconstruído pelos portugueses e holandeses em 1637 e, novamente pelos portugueses, em 1655 e 1700. Em 1907, foi abandonado até ser tombado pelo IPHAN em 1938.  Em 1992, passou a ser administrado pela Fundação Fortaleza de Santa Catarina.

Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=225

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     3. Forte de São João Barista do Brum, PE / 1595.

   A origem do Forte de São João Batista do Brum remonta a 1595, erguido por corsários ingleses (James Lancaster). Porém, sua história está relacionada à ação do holandês Schans de Bruyne, em 1630. Construído em posição privilegiada para a defesa do Porto do Recife, tornou-se um dos principais pontos de resistência das forças luso-brasileiras à ocupação holandesa (1630 a 1635). Atualmente, abriga um museu militar administrado pela 7ª. Região Militar.

Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=250

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      4. Forte de Santo Antônio da Barra, BA / 1549.

     Foi reconstruído em pedra e cal, no formato hexagonal, no início do período da União Ibérica (1580 - 1640). Atuou contra os corsários ingleses e holandeses, marcando, assim, a história da cidade de Salvador, no final do século XVI e início do século XVII. Capitaneava o sistema de defesa de Salvador, com os fortes Santa Maria e São Diogo a ele subordinados. Atualmente, funciona como um museu naval da Marinha do Brasil.

Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=77

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      5. Forte de Nossa Senhora do Monte Serrat, BA / 1582.

   Projeto arquitetônico de transição, o Forte de Nossa Senhora do Monte Serrat possui algumas características de castelo medieval adaptado para uso de canhões. Atuou contra os corsários ingleses e holandeses nos séculos XVI e XVII e foi ocupado (1624) pela frota da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.  Tornou-se um ponto de resistência holandesa aos cercos da milícia da Bahia. Atualmente, é administrado pela 6ª. Região Militar.

Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=71

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No Sudeste

      6. Fortaleza de São João, RJ / 1565.

   A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada em 1565 por Estácio de Sá, com esquadra procedente do Forte São João de Bertioga, Capitania de São Vicente. Entretanto, somente dois anos depois (1567), foi possível expulsar os calvinistas que haviam fundado a França Antártica (1554) na Baía de Guanabara, o que garantiu a unidade territorial do Brasil. Hoje, abriga o Centro de Capacitação Física do Exército, a Escola Superior de Guerra e o Espaço Cultural Museu do Sítio Histórico Fortaleza de São João.

 Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=302

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    7. Fortaleza de Santa Cruz. RJ / 1578.

   Começou a ser erguida em 1578, como principal ponto de defesa da entrada da Baía de Guanabara. No início do século XVIII, tornou-se a maior fortaleza da América Portuguesa e sua construção irregular é um testemunho de diferentes estilos arquitetônicos. Faz parte de um complexo sistema defensivo que se expandiu até o século XX. Atualmente abriga o Comando da Artilharia Divisionária/1.

   

Acesso ao portal Fortalezas.org UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=305

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No Sudeste

8. Forte de São João, SP / 1551

   Construído em 1532, de forma rudimentar, na embocadura do Canal de Bertioga, o Forte de São João tinha por objetivo impedir ataques indígenas à Capitania de São Vicente. Recebeu Alvará Régio de 25/06/1551 e, em 1565, Estácio de Sá partiu do canal de Bertioga para expulsar os calvinistas franceses da Baía de Guanabara. Reconstruído em 1750, no contexto das lutas contra os colonizadores espanhóis, atualmente abriga um museu administrado pela Prefeitura de Bertioga.

Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=185__

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    9. Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, SP / 1584.

   Foi construída a partir do início do longo período da União Ibérica (1580- 1640), com desenho do arquiteto militar italiano Bautista Antonelli, da esquadra do almirante Diego Flores de Valdés. Permaneceu na ativa até 1902, quando foi substituída pela Fortaleza de Itaipu. Foi restaurada no final do século XX e, atualmente, abriga o Museu Histórico Fortaleza da Barra, administrado pela Prefeitura de Guarujá.

    Acesso ao portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=193

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CAPÍTULO I - FORTIFICAÇÕES COLONIAIS DO BRASIL - SÉCULO XVII

Fortificações no Nordeste, luta contra os holandeses

10. Forte de Santa Cruz de Itamaracá, PE / 1630.

   Construído pela Companhia das Índias Ocidentais (holandesa), com o nome de Forte Orange, testemunhou as lutas pelo domínio da Capitania de Pernambuco, no segundo quartil do século XVII. Restaurado logo após a capitulação holandesa, adotou o nome atual. Recebeu recentemente singular trabalho de Arqueologia (UFPE) finalizado com a visita de monarcas dos Países Baixos. Restaurado pelo IPHAN, hoje se encontra sob administração da Prefeitura de Itamaracá.

   Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=327

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    11. Forte de São Tiao das Cinco Pontas, 1629

Sua construção inicial, em taipa com cinco baluartes, tinha por objetivo proteger o porto, a “barreta dos afogados” e as cacimbas de água. Foi a última fortificação reconquistada pelas tropas luso-brasileiras, sendo mantido sob cerco pelos moradores de Pernambuco entre 1630 e 1635. Ali foram elaborados os termos da rendição das tropas holandesas. Logo após a rendição holandesa, foi reconstruído em pedra e cal, com quatro baluartes.  Atualmente, abriga o Museu da Cidade do Recife.

     Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=242

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    12. Forte de Santa Maria, BA / 1652

Erguido logo após a expulsão dos holandeses por uma frota com mais de dez mil soldados (espanhóis, italianos e portugueses), o Forte de Santa Maria fazia parte do sistema capitaneado pelo Forte da Barra. A arquitetura atual é de 1694, com traços típicos da Bahia. Foi reconstruído em 1694 e hoje abriga projetos culturais, sob responsabilidade da 6ª. Região Militar.

    Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=74

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      13. Forte de São Diogo, BA, 1625

A área da pequena fortificação, com amplo domínio sobre a Baía de Todos os Santos, foi ocupada no início do século XVII (1625), mas somente em 1694 recebeu o formato semicircular atual.    Fazia parte do complexo de defesa colonial da capital da Bahia.     Atualmente abriga projetos diversificados e está sob administração da 6ª Região Militar.

    

Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=79

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     14. Forte de São Marcelo, BA / 1650.

 

Foi construído pelos portugueses sobre um banco de arrecifes, para resistência às invasões holandesas e aos ataques de piratas. Com formato circular, influenciado pelo desenho de Forte Bugio no pós-praia do Rio Tejo, sua construção foi prolongada até o século XVIII. É um dos poucos exemplares de fortificação circular ainda existente no País. Atualmente, é administrado pelo IPHAN.

Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=83

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CAPÍTULO I - FORTIFICAÇÕES COLONIAIS DO BRASIL - SÉCULO XVIII

3. Ultrapassando a Linha Mediática de Tordesilhas _Prossiga pelos arquivos sequenciais  (<).

Fortificações na Fronteira Oeste do Brasil e Foz do Rio Amazonas

    15. Forte de Coimbra, 1575.

    Mapa

Descrição gerada automaticamenteCom a assinatura dos tratados de Madrid (1750) e de Santo Idelfonso (1777), a região do Pantanal foi fortificada, repelindo ataque espanhol no início do século XIX (1802). Durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), o Forte teve papel fundamental nas batalhas travadas na maior planície alagada do mundo. Possui diversos atrativos, dentre os quais uma gruta e um “observatório natural” na crista do morro, com ampla vista sobre a região pantaneira.  Atualmente abriga um Pelotão da 17º Batalhão de Fronteira.

     Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=163

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     16. Forte Príncipe da Beira, RO / 1764.

  É considerado uma das maiores fortificações portuguesas abaluartadas fora da Europa, fruto da política pombalina de limites entre as coroas portuguesa e espanhola na América do Sul. Foi inaugurado em 1783 para consolidar os limites territoriais na fronteira oeste do Brasil, definida pelos tratados de Madrid (1750) e de Santo Idelfonso (1777). Abandonado durante muitos anos, hoje abriga, no seu entorno, o 1º Pelotão Especial de Fronteira.

 

Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=394

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     17. Fortaleza de São José de Macapá, AP, 1765

Foi ocupada por irlandeses e britânicos. Além disso, a ocupação portuguesa sofreu dois reveses pelos franceses (uma em 1838 e outra em 1895), mas a posse definitiva foi resolvida por meios diplomáticos. Atualmente, é administrada pela Fundação Museu Fortaleza de São José de Macapá, do Governo do Estado.

    

 

Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=46

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Fortificações no limite sul da Linha Imaginária de Tordesilhas

      18. Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, SC / 1740.  

   Construída durante a implantação da Capitania de Santa Catarina, para a defesa da barra norte da ilha que abriga a cidade de Florianópolis, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones apoiou, juntamente com a Fortaleza de Anhatomirim, as lutas contra os colonizadores espanhóis vindos do Sul do continente. Atualmente, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolve, no local, diversos programas educacionais e culturais e de visitas abertas ao público.

    Acesso ao Portal Fortalezas.org (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=2

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     19. Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, SC / 1740.

   Foi fundamental para a defesa da Capitania de Santa Catarina, como hub de um amplo sistema de defesa de Florianópolis. Até meados do século XX, abrigou tropas militares e funcionou como hospital e local de quarentena durante as epidemias de doenças contagiosas. Possui diversas construções militares e um portão monumental em estilo oriental. A fortificação colonial é administrada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

Acesso ao Portal Fortalezas.org  (UFSC)

https://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=1

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