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4. CAPÍTULO III - A EXPEDIÇÃO BERTIOGA–RIO DE JANEIRO ...

450 anos depois da viagem de Estácio de Sá _Prossiga pelos arquivos sequenciais (<).

CAPÍTULO III

A EXPEDIÇÃO MARÍTIMA DE ESTÁCIO DE SÁ, 450 ANOS DEPOIS ...

1.O TEMA: Fundação da Cidade do Rio de Janeiro

       Bertioga-Rio de janeiro, 450 anos depois...

   

     Passamos agora a descrever e ilustrar a reconstituição da epopeia de Estácio de Sá, 450 anos depois, disponível no portal da AVBC (13), no site da Prefeitura de Bertioga (14) e reproduzida em fotos selecionadas pelo Prof. Dr. Volnys Bernal.

 

   O Prof. Volnys, à época, era o presidente da associação de velejadores de cruzeiro e foi o comodoro da expedição Bertioga/Rio de Janeiro. Registramos também algumas anotações do “Diário de Bordo” do Cruzeiro Forte de São João: 450 anos da expedição Estácio de Sá.

   João Jorge Peralta, velejador, foi o maior incentivador do projeto, conduzindo o veleiro Triunfo II, capitânia da expedição naval.

 

 

  1. O desenvolvimento da proposta 

     A epopeia marítima que deu origem à fundação da cidade do Rio de Janeiro, reproduzida na sua parte marítima 450 anos depois (2015), teve início no 7º Seminário de Cidades Fortificadas, promovido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizado em Bertioga, em 2011, na Colônia de Férias do Serviço Social do Comercio (SESC), com ênfase no Circuito dos Fortes do sistema defensivo do Porto de Santos. No ano seguinte, durante a realização do 8º Seminário, no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, a proposta foi amadurecida e, a partir desses dois seminários, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/COPPE/LTDS) elaborou o projeto Roteiros dos Fortes da Baía da Guanabara, contando com diversos parceiros indicados no amplo material de consulta disponível na Internet.

     Em diversos outros encontros sobre fortificações, realizados em 2013 e 2014, discutiram-se formas de unir esses roteiros históricos, com diversas propostas, dentre as quais a da realização de um Seminário em Cruzeiro Marítimo regular, mas não se encontrou um roteiro que atendesse a essas duas regiões em épocas e prazos compatíveis. Surgiu, então, o interesse da ABVC, que prontamente aderiu a uma ideia germinada por diversos especialistas em fortificações, no Brasil e no Exterior.

      O Cruzeiro Forte de São João (Bertioga – Rio de Janeiro) consistiu em uma navegação em flotilha, reproduzindo a trajetória que fizeram as embarcações da Expedição de Estácio de Sá em 1565. A navegação foi realizada em duas etapas, conforme descrição do então Presidente da Associação dos Velejadores de Cruzeiro (AVBC), Dr Volnys Bernal, e envolveu cinco “caravelas dos nossos dias”, tripuladas por velejadores associados da ABVC e seus convidados, que formaram tripulações bastante representativas e com enorme sensação de dever cumprido diante de tão rica história vivida por nossos antepassados.

     Em 2015, tivemos a oportunidade de refazer o trajeto marítimo percorrido pela esquadra de Estácio de Sá (1565), com cinco veleiros oceânicos. Julgamos oportuno expandir o texto e as ilustrações do livrete editado à época (2015) pelo professor emérito da UniSantos, coronel veterano de artilharia, Elcio Rogerio Secomandi, em parceria com a saudosa professora doutora Clotilde Paul (1931-2015). O ensaio acadêmico (livrete) sobre a epopeia ilustrada a seguir foi produzido, à época, em nome da Academia Santista de Letras e de outras instituições que apoiaram a reconstituição do evento histórico 450 anos depois.

     O autor deste livro didático, na qualidade de membro do comitê organizador do evento histórico, teve também participação na solenidade realizada na Casa de Deodoro, Campo de Santana, Rio de Janeiro, antecedendo a chegada das “caravelas dos nossos dias” ao seu destino: Fortaleza de São João.

     No dia 27 de fevereiro, na Casa de Deodoro, foi realizada a entrega ao Exército Brasileiro do projeto Circuito dos Fortes da Baía de Guanabara, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segundo modelo do Circuito dos Fortes do sistema defensivo do Porto de Santos.

     Na parte marítima, descrita a seguir, com muita iconografia pudemos participar das atividades de recepção das “caravelas dos nossos dias” – os veleiros da flotilha –, que surgiram diante da Fortaleza de São João, na Urca, Rio de Janeiro, na hora pré-determinada, no dia 1º de março de 2015, tendo como nau capitânia o Navio-Veleiro Cisne Branco. Ao surgirem na encosta do Pão de Açúcar, voltada para o mar aberto, foi realizada uma salva de tiros de artilharia, respondida pelo navio-escola da Marinha do Brasil.

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3.  Cinco "caravelas dos nossos dias"

    Reconstituição da epopeia de Estácio de Sá

1565 – 2015 / 450 anos depois ...

    

 

     O Cruzeiro Forte de São João (Bertioga - Rio de Janeiro) foi promovido pela Associação Brasileira dos Velejadores de Cruzeiro (ABVC), com apoio da Prefeitura Municipal de Bertioga, do Comitê Rio 450 Anos, do Exército Brasileiro - por meio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural e do Centro de Capacitação Física do Exército -, da Marinha do Brasil, das universidades públicas do Rio de Janeiro (UERJ,UFRJ, UFF, UFRRJ), do Iate Clube de Santos, da Br Marinas de Angra dos Reis, do Iate Clube do Rio de Janeiro, da Fundação Cultural Exército Brasileiro, do International Committe on Fortifications and Military Heritage, da Sociedade Amigos da Marinha, do Instituto Histórico e Geográfico de Santos e da Academia Santista de Letras.

 

     O objetivo da expedição marítima foi o de reproduzir a epopeia da fundação da cidade do Rio de Janeiro, ocorrida nos idos de 1º de março de 1565, realizada pela esquadra de Estácio de Sá partindo do Forte de São João de Bertioga rumo ao Rio de Janeiro, com o intuito de ocupar a região que estava sob o domínio dos índios tamoios e corsários franceses.

 

     A chegada da expedição marítima à região hoje ocupada pela Fortaleza de São João da Guanabara tornou-se o marco da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

 

     Foi possível, assim, resgatar, 450 anos depois, a parte marítima da mais significativa expedição luso-brasileira de projeção do poder pelo mar, de uma região para outra, somente em mares do Brasil.

 

     Coube aos acadêmicos da Academia Santista de Letras (ASL), Clotilde Paul e Elcio Rogerio Secomandi, a elaboração de um texto justificativo para o resgate histórico, 450 anos depois, da epopeia naval de Estácio de Sá, a qual deu origem à Cidade do Rio de Janeiro.

 

     Participaram do evento histórico diversas pessoas e instituições, às quais agradecemos com a reprodução fotográfica das várias etapas em diferentes locais por onde passaram as cinco “caravelas dos nossos dias".

     “O Cruzeiro Forte de São João teve como objetivo principal a comemoração dos 450 anos da expedição de Estácio de Sá e partiu do Forte de São João de Bertioga rumo ao Rio de Janeiro, com o intuito de reproduzir a ocupação da região que estava sob o domínio dos franceses, com apoio dos índios tamoios".

     A chegada dos veleiros oceânicos na manhã do dia 1º de março de 2015, teve o mesmo significado que deu origem a fundação da cidade do Rio de Janeiro e início da construção da Fortaleza de São João de Guanabara.

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Cruzeiro Forte de São João -  2015

Veleiro oceânicos e comandantes

Jazz IV (Volnys Bernal)

Triunfo II (João Peralta)

Kilimanjaro (Philippe Gouffon)

Serenata I (Hélio Solha)

Malagô (Juca Andrade)

Napoleão (Maurício Napoleão) – 2ª etapa

TYR (Matheus Eichler) - 2ª etapa

eleiro oceânicos e comandantes

Jazz IV (Volnys Bernal)

Triunfo II (João Peralta)

Kilimanjaro (Philippe Gouffon)

Serenata I (Hélio Solha)

Malagô (Juca Andrade)

Napoleão (Maurício Napoleão) – 2ª etapa

TYR (Matheus Eichler) - 2ª etapa

Programação

     Organização: Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro ABVC

450 anos da Expedição de Estácio de Sá 

Comodoro da flotilha: Volnys Bernal

1ª Etapa – de Bertioga a Angra dos Reis

20 de fevereiro de 2015

11h: Bertioga: Ancoragem das embarcações.

11h30/14h: Reunião dos comandantes e almoço.

14h/16h: Evento de abertura e palestra no Forte de São João de Bertioga.

17h: Partida dos veleiros de Bertioga rumo a Ubatuba.

21 de fevereiro, 11h:  Chegada à Ilha Anchieta (Ubatuba) e pernoite.

22 de fevereiro, 04h/15h00: Navegação de Ubatuba a Angra dos Reis.

 

 

2ª Etapa – de Angra dos Reis ao Rio de Janeiro.

28 de fevereiro

08h às 14h: Navegação de Angra dos Reis à Ilha Grande.

16h: Partida de Ilha Grande ao Rio de Janeiro.

07h: Navegação nas proximidades da Praia Vermelha.

07h30: Passagem pelo Morro do Pão de Açúcar, com salva de tiros de canhão da Fortaleza de São João, respondida pelo Cisne Branco.

07h30/08h: Ancoragem na Praia de Fora, junto à Fortaleza de São João (antiga Praia Brava) e cerimônia da água.

08h/08h30: Navegação para praia de dentro e ancoragem.

09h30/12h: Visita à Fortaleza de São João.

20h/22h: Jantar de confraternização.

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4.  Lançameno do projeto educacional

     450 anos depois da epopeia da esquadra de Estácio de Sá.

     Em 2015, a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro (ABVC), por meio do seu presidente, Prof. Dr. Volnys Bernal, aceitou o desafio de organizar o Cruzeiro Forte de São João, procurando reviver a expedição de Estácio de Sá.

     O Cruzeiro Forte de São João, Bertioga (SP), rumo à Fortaleza de São João, Rio de Janeiro (RJ), teve a descrição a seguir, publicada no site oficial da Prefeitura de Bertioga, no dia 23 de fevereiro de 2015.

     “A inauguração do monumento comemorativo aos 450 anos do Rio de Janeiro reviveu, na manhã desta sexta-feira (20), a partida da expedição de Estácio de Sá, do Forte São João, em Bertioga, para reviver a epopeia da fundação da ‘Cidade Maravilhosa’ em 1º de março de 1565, quando foi iniciada a construção da Fortaleza de São João da Guanabara (RJ).

     A cerimônia foi abrilhantada com a execução dos hinos Nacional e de Bertioga pelos professores do projeto Musicando, do Município”.

     O Cruzeiro Forte de São João (navegação em flotilha), foi organizado pela Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro (ABVC). A flotilha contou com cinco veleiros oceânicos – a mesma quantidade de embarcações de Estácio de Sá, organizada em 1565 –, e saiu de Bertioga rumo ao Rio de Janeiro, às 17 horas do dia 20 de fevereiro de 2015.

     Logo após a missa celebrada pelo padre Sílvio Luiz, da Paróquia São João Batista, os veleiros receberam a bênção católica. No decorrer do percurso, outros veleiros foram se juntando à flotilha, que chegou ao Rio de Janeiro no dia 1º. de março para as comemorações dos 450 anos.

     O marco zero, que retrata três velas de barco estilizadas, foi desenhado pelo prefeito de Bertioga e instalado em um local estratégico, ou seja, virado na direção do Rio de Janeiro, no canteiro central da Avenida Vicente de Carvalho, bem em frente ao histórico Canal de Bertioga (Centro), que registra fatos importantes da história e que tem às suas margens o Forte de São João, primeira fortificação real construída no Brasil.

     De acordo com o prefeito, o monumento, símbolo da participação de Bertioga na história do Brasil, “é um ato simples e uma oportunidade de elevar o nome de nosso Município ao mundo inteiro”. Ressaltou, explicando que as três velas que compõem o monumento significam o ontem, o hoje e o amanhã.

     Soldados da Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande, estiveram caracterizados com uniformes da época colonial.

     Na oportunidade, um pergaminho registrando a data comemorativa foi assinado pelos presentes, encapsulado em um recipiente e enterrado junto ao monumento.

     A navegação foi realizada em duas etapas: a primeira saiu de Bertioga, dia 20/02/2015, com destino a Angra dos Reis; a segunda, prosseguiu no dia 28/02/2015, saindo de Angra dos Reis para o Rio de Janeiro.

     A chegada do Cruzeiro ao Rio de Janeiro deu-se na manhã de 1º/03/2015, sendo recebido sob o troar dos canhões da Fortaleza de São João, respondido pelo navio-escola Cisne Branco.

     O prefeito de Bertioga estava no Rio de Janeiro participando das comemorações. “Na oportunidade, ele entregou ao prefeito Eduardo Paes um quadro, em óleo sobre tela, pintado pelo artista plástico de Bertioga, Sandro Bueno Justo. A obra retrata a época em que a esquadra de Estácio de Sá partiu do Forte de São João rumo ao Rio de Janeiro, com o intuito de ocupar a região que estava sob o domínio dos índios tamoios e dos franceses”(14).

 

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